Ordem dos livros Divergente, de Veronica Roth: A Sequência Cronológica de Leitura

sequencia divergente

A série Divergente vendeu milhões pelo mundo e merece destaque entre as sagas modernas. Para garantir que você saiba onde está se aventurando, decidimos trazer a lista dos livros Divergente e o que esperar da obra de Veronica Roth.

Os livros da jovem autora rapidamente se tornaram best-seller mundial, alcançando a marca de mais de 20 milhões de unidades vendidas. Isso garantiu o primeiro lugar do New York Times, assim como adaptações para o cinema de enorme sucesso.

Se passando em um futuro distópico, a saga de Tris e seus amigos mostra o quanto é difícil viver em um mundo tão controlado em que as escolhas e destino são traçadas prematuramente.

O primeiro dos filmes, Divergente, baseado no livro homônimo, foi lançado em 2014 e recebido com críticas mistas, não agradando tanto como sua contraparte literária.

Apesar disso, teve duas continuações: A Série Divergente: Insurgente, de 2015, e A Série Divergente: Convergente, de 2016.

Constantemente comparado a outras obras como Jogos Vorazes e The Maze Runner, Divergente conquistou lugar cativo entre os jovens, principalmente por tratar de questões de identidade e auto percepção, desafio à autoridade, maturidade e temas sociais relevantes, como violência, manipulação e poder.

ORDEM LIVRO

Divergente
  • Veronica Roth
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Insurgente
  • Veronica Roth
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Convergente
  • Veronica Roth
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Quatro
  • Veronica Roth
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Tudo o que você precisa saber sobre a série Divergente

A saga conta a trajetória de Beatrice “Tris” Prior em um mundo distópico e, ao longo da obra, acompanhamos a jovem e suas escolhas.

A jovem, mesmo sendo destemida e audaciosa, precisa lidar desde cedo com as consequências das suas escolhas e será o tempo todo confrontada pela sociedade tão estranha da cidade em que vive.

Estas decisões não só modificam por completo sua vida, mas também trazem à tona o que de mais obscuro há na sociedade no processo.

Repleto de segredos e descobertas fascinantes, “Divergente” e os demais livros da saga são um prato cheio para os fãs de distopias, em um cenário onde cada decisão importa.

Então, nos acompanhe nesta lista onde apresentaremos os livros em ordem, cada um com uma breve resenha que te deixará no clima da série. Boa leitura!

1. Divergente, de Veronica Roth, início da saga de Beatrice Prior

livro divergente

No primeiro dos livros da saga, somos inseridos em um futuro distópico na cidade de Chicago.

Após muitos conflitos, as pessoas neste universo decidiram que a causa das mazelas sociais eram as próprias pessoas, suas personalidades e a inclinação que elas têm para cometer o mal.

Com o objetivo de erradicar as características que julgavam maléficas, a sociedade foi dividida em facções, nas quais cada pessoa, ao completar 16 anos, deve ser inserida. Cada uma destas representa e cultiva um traço que julgam mais importante no ser humano.

Temos a facção da Abnegação, com foco no altruísmo; a Amizade, que valoriza a generosidade; a Audácia, com a coragem; a Franqueza, cujo destaque fica com a sinceridade; e, por fim, a Erudição, que se concentra na inteligência.

Estes servem não só para agrupar as pessoas e contribuir para seu desenvolvimento como membros da sociedade, mas também são responsáveis por setores diferentes da cidade.

Assim sendo, ao escolher uma facção para adentrar, as pessoas dessa sociedade precisam negar as qualidades das outras e viver conforme os princípios de sua nova identidade.

A protagonista de “Divergente” é Beatrice, uma jovem de 16 anos. Sua família faz parte da Abnegação e, graças a isso, ela foi educada desde criança a ser altruísta.

Como manda a tradição, a jovem passará pelo teste para que saiba para qual facção mostra aptidão e realmente pertence.

Todos são pegos de surpresa quando o resultado do seu teste se mostra inconclusivo. Isto a classifica como uma Divergente, ou seja, alguém que não pertence a nenhuma facção e que são consideradas pessoas perigosas.

Afinal, são pessoas que podem julgar o sistema imposto e navegar entre as diferentes facções pois apresentam características relevantes para todas elas.

A garota, diante do resultado, decide abandonar a família e se unir à Audácia. Lá ela assume o novo nome de Tris e passa por um duro treinamento para se provar e garantir seu lugar dentro da facção. Tris mostra uma personagem central forte, tanto nas aptidões físicas e mentais, como em sua personalidade.

O perigo das ideologias

Ao longo da narrativa acompanhamos não só o treinamento, mas os laços de amizade e afeição que são formados e os questionamentos sobre como a sociedade em que vive funciona e a necessidade de segregar as pessoas em facções.

Este teor filosófico nos permite facilmente traçar paralelos entre a realidade distópica do livro e a nossa própria.

Neste mundo, onde cada um é classificado perante parâmetros rígidos e ideologias, as perguntas sobre o que é liberdade de pensamento, manipulação e livre arbítrio são inevitáveis.

A escritora, Veronica Roth, conduz a história de forma leve e bem compassada, o que faz deste livro uma leitura fácil apesar da quantidade de páginas. Tanto Tris quanto os personagens secundários, como o odioso Eric e o instrutor de iniciação Tobias “Quatro”, são bem desenvolvidos.

As diversas facções também são mostradas e representadas ao longo do livro. Naturalmente algumas recebem mais destaque que as outras, o que é de se esperar, principalmente em uma obra introdutória.

“Divergente” foi lançado em 2011 e teve sua publicação no Brasil no ano seguinte. Ganhou continuação em “Insurgente” e “Convergente”, compondo assim a Trilogia Divergente.

“Quatro”, livro complementar que conta a história do ponto de vista de Tobias, é o último da Série Divergente e expande o mundo com mais cenas e informações, além de nos colocar na pele de um querido personagem da saga.

2. Insurgente, segundo livro da série

livro divergente insurgente

Em “Insurgente”, lançado originalmente em 2012 e um ano depois no Brasil, continuamos a acompanhar a saga do ponto em que o livro anterior parou.

As facções se encontram em conflito e uma guerra é iminente. A Audácia foi destruída por Erudição, o que levou a muitas mortes, e os verdadeiros objetivos daqueles que estão no poder devem ser descobertos. O equilíbrio proposto pelo sistema está ruindo.

Tris Prior cada vez mais passa a assumir o seu papel de Divergente, e vemos suas capacidades e sentimentos nos campos abordados por diferentes facções começarem a aflorar.

No segundo livro da Série Divergente, o tema da saga se concentra ainda mais em “descobertas” e “escolhas”.

Um mundo de personalidades

Com o fim da Audácia, que fora o foco no primeiro, as demais facções ganham mais espaço. A apagada Amizade toma o centro do palco desta vez, e o modo de pensar e agir de seus integrantes, assim como os das demais facções, são desenvolvidos.

A autora aproveita para nos mostrar de forma mais profunda o que difere cada personalidade neste mundo em que pessoas são divididas em padrões pré-estabelecidos.

O conflito de ideais e visões de mundo permeia as páginas, além da exposição das filosofias de cada grupo.

Acompanhamos Tris Prior evoluir como personagem central. A garota, e consequentemente  a gente, descobre o quão os Divergentes são perigosos. Como pessoas que se inclinam para um pensamento livre, eles são de difícil manipulação e previsão. Tudo o que as facções, e seus líderes, não querem.

3. Convergente, a conclusão da saga de Beatrice Prior

livro divergente convergente

A conclusão da Trilogia Divergente é surpreendente e o livro vira de ponta-cabeça tudo o que sabemos até então.

A principal mudança de estilo é na escolha narrativa. Desta vez temos não só o ponto de vista de Tris Pior, mas também de Tobias “Quatro” Eaton. Isso nos dá uma percepção mais ampla dos acontecimentos nesta obra que é repleta de revelações.

A cidade de Chicago não mais é dividida entre as facções Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição, e acompanhamos os desafios dos moradores em lidar com esta nova realidade.

Escolhas e sacrifícios decisivos devem ser feitos por Tris e os demais personagens na conclusão da saga, e eles deverão lidar com as consequências. Tudo isso enquanto aprendemos sobre o que levou à divisão antes existente.

Descobrimos que a manipulação genética foi utilizada pelo governo a fim de extinguir genes que, acreditavam eles, eram responsáveis pelo surgimento de pessoas ruins.

O experimento foi desastroso. Então, o governo dos Estados Unidos decidiu isolar algumas cidades, entre elas Chicago, a fim de permitir o desenvolvimento de indivíduos geneticamente puros e re-estabelecer o dano provocado à sociedade.

O país fora dos limites da cidade é apresentado neste livro que, como já se percebeu, é repleto de novas informações.

O poder da manipulação

“Convergente” apresenta um forte teor de crítica social, comum em obras distópicas.

A alteração genética citada levanta as principais. Discussões sobre eugenia são inevitáveis, assim como sobre até onde o ser humano, e os que detêm o poder, podem ir para construir uma sociedade ideal de acordo com sua visão.

Política, guerra e a manipulação de informação são presenças fortes no livro. Veronica Roth trata todos estes assuntos de forma séria, mas sem perder a característica de aventura e ação com cenas eletrizantes.

A saga Divergente termina de maneira explosiva e até mesmo inesperada, com plot twists e segredos expostos em mais de uma ocasião. Por vezes parece desconexo dos dois primeiros, mas sem dúvida conclui a história de forma satisfatória.

4. Quatro, de Veronica Roth, e um novo ponto de vista

livro divergente quatro

“Quatro” é, de forma apropriada, o quarto e último livro da Série Divergente. Aqui, Tris Prior cede lugar a Tobias “Quatro” Eaton no protagonismo.

Neste spin-off da trilogia best-seller do New York Times, não temos um romance completo, mas sim uma série de contos criados pela autora.

Como não poderia deixar de ser, são quatro os contos presentes: “A transferência”, “A iniciação”, “O filho” e “O traidor”. Estas histórias curtas revelam mais sobre o passado de Tobias Eaton e também sobre sua participação na série principal.

Vemos os abusos que sofreu por parte do pai, sua convivência em família e o que leva às suas decisões de deixar a Abnegação para entrar na Audácia e mudar o nome para Quatro.

Ao longo dos contos, viajamos pelo tempo e acompanhamos Tobias crescer. Os conflitos com o pai dão lugar à sua relação com o seu instrutor na Audácia, Amah. O novo grupo lhe apresenta novos desafios, e ele precisa lutar para conquistar sua posição em meio à rígida hierarquia.

Finalmente alcançamos o período que se sobrepõe aos eventos da saga principal. Como antes, os relacionamentos de Tobias são parte central na narrativa. Desta vez temos o seu lado da relação com Tris, fortalecendo a conexão entre os dois na mente do leitor.

Quatro, como todo jovem, passa por aflições, processos de auto-afirmação, a busca de seu lugar, e tem de lidar com as consequências de suas escolhas.

Novas cenas que se passam durante a série principal são mostradas, servindo para expandir a obra e também para matar a saudade após a leitura da trilogia original.

“Quatro” foi lançado em 2014 e conclui a saga com uma sensação de ciclo encerrado e nostalgia.