Os 13 Melhores Livros de Gabriel García Márquez

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Gabriel García Márquez, o Gabo, é um dos maiores escritores do século XX e, por conta disso, conhecer mais sobre seus melhores livros é uma experiência literária e tanto.

Conhecido por seus livros que misturam o real e o imaginário, sendo um dos maiores incentivadores do realismo fantástico, o autor continua conquistando muitos fãs ao redor do mundo com suas histórias que transitam entre a paixão e a tristeza.

A prova disso são as mais de 40 milhões de cópias vendidas em muitos idiomas diferentes, ultrapassando os limites da Colômbia, seu país natal.

Para você que ainda não leu nenhum dos livros de Gabo, nós separamos os seus 13 melhores livros para você conhecer o autor e se encantar. Confira a seguir!

#1

Cem anos de solidão
Gabriel García Marquez

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Gabriel García Márquez: o mestre do realismo mágico

Gabriel García Márquez, também conhecido como Gabo, nasceu na cidade de Aracataca em 1927 e veio a falecer por complicações de uma pneumonia em 2014, depois de ter passado seus últimos anos de vida mais recluso.

Com uma história incrível e muitos livros de sucesso, ele foi o primeiro colombiano a receber o Prêmio Nobel de Literatura, em 1982. Além de escritor, Gabo era jornalista, roteirista e poeta, e também estudou Direito e Ciências Políticas, tendo um currículo bem extenso.

O autor ficou bastante conhecido por seu estilo único de escrita: o realismo mágico. Por meio de suas obras, Gabriel García Márquez nos transporta para narrativas que transitam entre o imaginário e o real, a mitologia e a fantasia. Contudo, uma de suas maiores inspirações eram os livros clássicos, como “A metamorfose”, de Franz Kafka.

Além disso, as histórias contadas por seus avôs maternos, Nicolás Márquez e Tranquilina Iguarán influenciaram muito a narrativa que Gabo trazia para suas obras.

García Márquez foi um dos escritores mais traduzidos do mundo, com mais de 40 milhões de exemplares vendidos em 36 idiomas. Dessa forma, ele se tornou um dos autores da língua espanhola mais importantes do século XX e da América Latina.

Além das obras de ficção, Gabriel Garcia também escreveu algumas obras jornalísticas que documentavam a época em que ele viveu na Cidade do México, mostrando seu aguçado senso de ativismo político e coragem. Ao todo, o escritor colombiano escreveu mais de 30 títulos durante sua carreira.

Em 6 de março de 2018, quando Gabo completaria 91 anos, ele foi homenageado pela Google com um Doodle de Matthew Cruickshank. A criação retrata a cidade mágica de Macondo, do livro “Cem anos de solidão”, um dos mais conhecidos de Márquez.

Ele também escreveu livros que ajudam a aprender a língua espanhola.

Os 13 melhores livros de Gabriel García Marquez

Agora que você já sabe que Gabriel García Márquez é um escritor incrível, conheça os 13 melhores livros de ficção e não ficção do autor. Boa leitura!

1. Cem anos de solidão: o livro mais importante de Gabriel Garcia Márquez

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“Cem anos de solidão” é o livro que mostra toda a essência de García Márquez. Nesse clássico da literatura, nós conhecemos a história de várias gerações da solitária família Buendía, com todos seus altos e baixos.

Todos os membros e todas as gerações da família Buendía são acompanhados por Úrsula, uma famosa matriarca da história latino americana.

Toda a narrativa se passa na aldeia de Macondo, um povoado de vinte casas de taquara e barro, construídas na margem de um rio de águas translúcidas que correm sobre um leito de enormes pedras polidas e brancas, como ovos pré-históricos.

De acordo com o próprio autor, todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro; e “Cem anos de solidão” é essa obra.

2. O outono do patriarca é um poema sobre solidão

livro o outono do patriarca

“O outono do patriarca” é um romance histórico que apresenta vários elementos da ditadura latino americana do século XX. No livro, Gabriel conta a história de um poderoso ditador que está no comando a mais de um século, mas que foi perdendo sua importância e prestígio com o passar do tempo.

Sozinho e sem poder em seu palácio presidencial no país nas Caraíbas, na América Latina, o patriarca muda o enredo de novelas e lê edições únicas do Diário Oficial, feitas apenas para ele.

Esse livro é um complemento da obra-prima de Gabriel García Márquez, “Cem anos de solidão”, e revela um dos melhores momentos criativos no mestre do realismo mágico.

3. Crônica de uma morte anunciada

livro cronica de uma morte anunciada

Em “Crônica de uma morte anunciada”, Gabriel García Márquez monta um quebra cabeça que vai se encaixando aos poucos, conforme testemunhas relatam suas versões sobre o último dia de vida de Santiago Nasar, um jovem que foi assassinado na porta de casa em um pequeno povoado.

Apesar dessa obra de ficção ter um estilo jornalístico investigativo, Gabo mantém a poesia, a beleza e a sensualidade das suas histórias e dos seus personagens em “Crônica de uma morte anunciada”. Dessa forma, o escritor cria uma trama perfeita que nos deixa sem saber em quem acreditar no caso de Santiago Nasar.

4. O amor nos tempos do cólera, baseado na história de amor de Gabriel Elígio García e Luiza Márquez

livro o amor nos tempos do colera

O livro “O amor nos tempos do cólera” é baseado na história real dos pais de Gabriel García Márquez (Gabriel Elígio García e Luiza Márquez), dois jovens apaixonados que sofreram oposição da família para ficarem juntos.

Na obra escrita em formato de prosa, o autor conta sobre a paixão platônica do violinista e poeta Florentino Ariza em meio a guerras, preconceitos, doenças e costumes da época.

Depois de trocarem algumas cartas, Florentino e Fermina Daza finalmente se encontram. Porém, depois de conhecer seu admirador, a moça rejeita ele e se casa com outro homem. Contudo, esse amor dura a vida inteira.

Nesse livro, que é um dos mais importantes da carreira de Gabriel García Márquez, o autor mostra que a paixão não tem idade.

5. Notícia de um sequestro relata a vida real por meio da ficção

livro noticia de um sequestro

Para escrever o livro “Notícia de um sequestro”, Gabo colheu dezenas de depoimentos de pessoas envolvidas nos sequestros de 1990, na Colômbia, incluindo o que aconteceu com uma amiga próxima.

Misturando histórias reais e ficção, o autor mostra vários ângulos no drama vivido no país no final do século XX. Por meio do seu texto no estilo de reportagem, Gabriel narra o cotidiano dos cativeiros, das negociações no tráfico de drogas e dos parentes das vítimas. Dessa forma, ele mostra que o horror não se limita apenas a Colômbia, mas se espalha por todo o continente da América Latina.

6. Memórias de minhas putas tristes, último romance de Gabo

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“Memórias de minhas putas tristes” foi o último romance que Gabriel García Márquez escreveu. O livro conta a história de um jornalista de 90 anos de idade que decide se presentear com uma viagem para comemorar seu aniversário. Ele trabalha como crítico de música para um jornal, é um homem culto e que nunca pensou em se casar. Por isso, ele passou a vida em meio às prostitutas.

Na intenção de realizar um sonho sexual, o jornalista procura por uma cafetina aposentada que intermediava negócios para ele no passado. O seu sonho é tirar a virgindade de uma menina.

Então, a cafetina acha uma menina de 14 anos para ele. Porém, como a jovem estava muito nervosa, a mulher deu a ela um chá com efeito calmante que a fez dormir. Por isso, quando o senhor chega para encontrá-la, ele fica com receio de tirar vantagem da menina e simplesmente dorme ao lado dela.

Essa experiência faz com que o personagem ganhe a humanidade que faltou a ele durante toda sua vida, enquanto fugia do amor.

7. Doze contos peregrinos

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Durante 18 anos, Gabriel García Márquez reuniu histórias de latino-americanos que foram para a Europa. O resultado foi a obra “Doze contos peregrinos”, um livro que fala sobre a solidão por meio de incríveis histórias de amor, morte e poder dos latino-americanos que sonham em voltar para sua terra natal.

Desde histórias simples do dia a dia, até as mais extraordinárias, essa obra de Gabo é repleta de sensibilidade e humor, grandes marcas do escritor.

Essas são algumas narrativas de “Doze contos peregrinos”:

  • “Boa viagem, senhor presidente” conta a história de um velho líder de um país do Caribe que foi derrubado por um golpe militar e exilado em Genebra.
  • “O verão feliz da senhora Forbes” fala sobre duas crianças que passam o verão no Sul da Sicília, na ilha de Pantelária, sob os cuidados de uma preceptora extremamente rigorosa.
  • “O rastro do teu sangue na neve” conta a trágica história de um casal de jovens recém-casados que viajaram de Madrid a Paris.

8. Ninguém escreve ao coronel

livro ninguem escreve ao coronel

“Ninguém escreve ao coronel” foi o segundo romance de Gabriel García Márquez, escrito em 1957. Porém, ele só conseguiu publicá-lo em 1961, após vários editores recusarem a novela.

O livro conta a história de um coronel reformado que está à espera por sua aposentadoria e luta para sobreviver em uma cidadezinha hostil. Contudo, a burocracia do governo torna a sua espera muito maior do que o previsto.

Enquanto isso, suas únicas companhias são um galo de briga que pertencia ao seu falecido filho e uma mulher asmática.

Embora a trama de “Ninguém escreve ao coronel” seja simples, ela nos apresenta um dos mais cativantes personagens da língua espanhola. Além disso, a narrativa de Gabo é cheia de ironia e comentários sutis sobre a política, a burocracia e a história de um país latino americano, incluindo uma representação da Guerra dos Mil Dias.

9. O general em seu labirinto

livro o general em seu labirinto

“O general em seu labirinto”, de Gabriel García Márquez, foi inspirado na vida de Simón Bolívar, mais conhecido como El Libertador, um dos grandes mitos americanos.

A obra ficcional de Gabo se passa no fim da vida de Simón Bolívar, trazendo diversas reflexões e monólogos.

Embora possa parecer um pouco incomum escrever apenas sobre os anos finais de um personagem que teve uma vida tão cheia de batalhas e invasões pela Colômbia, é possível entender a importância desse momento ao final da leitura.

O livro “O general e seu labirinto” traça um percurso físico e espiritual de El Libertador, estabelecendo um paralelo entre a sua viagem até Cartagena das Índias e sua jornada até a morte. A visão de Gab sobre o personagem também é bastante contraditória, às vezes mostrando ele como um grande herói e outras vezes como um grande carrasco.

Além disso, essa obra de García Márquez ilustra muito bem a relação que existe entre a literatura, a história e a sociedade. De fato, não é só o autor que se inspira na sociedade e na história, a sociedade e a história são influenciadas pela literatura.

10. A revoada foi o ponto de partida de um dos maiores escritores latino americanos

livro a revoada

“A revoada”, ou “O enterro do diabo”, foi o primeiro romance de Gabriel García Márquez, o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. É nesse livro que somos apresentados pela primeira vez à cidade e ao povo de Macondo (a mesma de uma de suas obras-primas, “Cem anos de solidão”).

Gabo escreveu “A revoada” quando tinha apenas 22 anos de idade, mostrando que já era um mestre mesmo antes de se tornar famoso.

O livro contém três versões diferentes da aldeia, contadas por meio de monólogos interiores de três pessoas: um velho coronel, sua filha e seu neto. Entretanto, para Gabriel, o personagem principal do livro é um estranho e sombrio médico que cometeu suicídio depois de viver uma vida na mais absoluta solidão.

Agora, 25 anos após ter chegado no povoado, o corpo do médico é velado pelos três parentes.

11. Os funerais da Mamãe Grande

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“Os funerais da Mamãe Grande” é composto por oito contos que unem o cotidiano e o fantástico da famosa e fictícia Macondo.

Desde a cena de um dentista extraindo um dente do homem mais poderoso da região, as flores embrulhadas em um jornal trazidas pela mãe do ladrão para a cova do filho até os esplendorosos funerais da poderosa Mamãe Grande, que contam com a presença do papa e do presidente da república.

Em “Os funerais da Mamãe Grande”, Gabriel García Márquez retrata as situações simples do dia a dia com poesia, extravagância e fatalidade. Dessa forma, Gabo traz um olhar crítico sobre a realidade social, a pobreza e o domínio dos coronéis de sua terra natal.

12. Textos caribenhos

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Sem dúvida, quem também se interessa por textos jornalísticos e é um leitor atento vai gostar de “Textos caribenhos”.

Esse livro é um compilado de artigos da primeira fase jornalística de Gabriel García Márquez, que resgata a inspiração do autor para seus livros de ficção. Ele faz parte de uma obra jornalística de 5 volumes que retrata as diversas fases do autor.

O primeiro volume da obra, que abrange o período de 1948 a 1952, reúne os artigos do escritor que ilustram bem a sua primeira fase da carreira no jornalismo, trazendo matérias impecáveis.

Depois de estrear como redator do El Universal em maio de 1948, em Cartagena das Índias, Gabo encontrou seus mestres de trabalho no jornal El Heraldo e seu grupo intelectual em Barranquilla.

Com uma leitura atenta, já é possível perceber nos artigos de “Textos caribenhos” a referência das obras de ficção que ele escreveria mais tarde e como a sua trajetória fez ele se tornar o mestre o do realismo mágico e ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.

13. Viver para contar

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“Viver para contar” é a autobiografia do colombiano Gabriel García Márquez. Nesse livro, o escritor e jornalista conta suas memórias nostálgicas, mas que nem sempre são reais. E é justamente isso que torna a obra tão incrível.

Durante a leitura, quem é fã do Gabo vai ficar maravilhado ao notar que cada conto e história de amor fantásticos dos seus livros são um retrato tirado da mais simples realidade da vida do próprio autor.

Desde o romance entre Florentino Ariza e Fermina Daza em “O amor nos tempos do célora”, até o assassinato de Santiago Nasar em “Crônica de uma morte anunciada”.

Além disso, em “Viver para contar” as memórias de García Márquez também abrangem a história da Colômbia, suas guerras civis e mudanças de poder. Assim, nós podemos conhecer melhor o lado político do autor de um dos livros mais importantes do século XX, “Cem anos de solidão”.

Nessa obra, que Gabo reservou para o fim de sua carreira, o colombiano escreveu aquilo que quis e mostrou tudo que nenhuma entrevista foi capaz de mostrar. Além disso, ele também apresentou diversos autores que influenciaram seu estilo de escrita, como Franz Kafka, James Joyce, William Faulkner, Roberto Bolaño, etc.

Qual livro do colombiano Gabriel García Márquez ler primeiro?

Sem dúvida, Gabriel Garcia continua sendo um dos maiores autores da literatura latino americana. Seus romances, embora simples, encantaram o mundo todo.

Se você ainda não sabe por onde começar a ler os livros de Gabo, nós recomendamos que você comece pelos que fizeram mais sucesso: “Cem anos de solidão”, “O amor nos tempos do cólera” e “Amor e outros demônios”.

Outro livro interessante para iniciar a leitura do autor é “Memórias de minhas putas tristes”. Embora o tema pareça chocante, Gabo consegue tratar o assunto de forma surpreendentemente enternecedora.

Semelhantemente, “Crônica de uma morte anunciada” pode servir de introdução ao autor, pois nessa obra Gabriel García Márquez adota uma originalidade curiosa.

Agora que você já conhece as melhores obras do autor, escolha um livro e boa leitura!