Se você é fã de sagas de ficção científica, provavelmente os livros da série “Guia do mochileiro das galáxias” estão em sua lista de livros para ler. Afinal, trata-se de uma das séries de maior sucesso da literatura desse gênero e que segue conquistando uma legião de fãs.
Mas, quando falamos em sagas, é muito importante conhecer a ordem de leitura dos livros. Por esse motivo, neste artigo indicamos a ordem correta de ler os livros do “Guia do mochileiro das galáxias”!
Os livros de autoria do escritor inglês Douglas Adams conquistaram muitas pessoas ao redor do mundo e, hoje, você descobrirá o porquê. No Brasil, os livros da série são publicados pela Editora Arqueiro. Assim, quando for procurar as obras para comprar, você já sabe por qual editora procurar.
No que diz respeito à ordem de leitura dos livros, conhecê-la não é importante apenas em termos de sequência narrativa.
Veja bem: se você não tem dinheiro ainda para comprar a coleção completa, saber a ordem dos livros é importante para ir comprando os volumes à medida em que for fazendo a leitura.
Tendo essas necessidades em mente, preparamos um breve resumo sobre cada um dos livros, além de sugerir a ordem de leitura. Confira!
ORDEM | LIVRO | |
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1
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O guia do mochileiro das galáxias
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Verificar Preço → |
2
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O restaurante no fim do universo
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Verificar Preço → |
3
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A vida, o universo e tudo mais
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4
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Até mais, e obrigado pelos peixes!
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5
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Praticamente inofensiva
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6
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E tem outra coisa…
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7
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O salmão da dúvida
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Conheça agora o tema e a ordem dos livros do Guia do Mochileiro das Galáxias!
1. O guia do mochileiro das galáxias
Começamos este artigo falando do livro mais importante da saga “Guia do mochileiro das galáxias”: o primeiro!
Porque o primeiro volume e a série possuem o mesmo nome, muitas pessoas acabam entendendo que Douglas Adams escreveu um livro só.
Além disso, antes de se tornar livro, essa história já foi uma série de rádio transmitida pela BBC Radio 4 e também uma compilação em fita cassete. Inclusive, a série da BBC Radio 4 se tornou um clássico cult. Você inclusive encontra um jogo de computador e peças de teatro baseadas na história.
Como essas informações não são de conhecimento público, é importante desmistificar a crença de que a história faz referência a apenas um livro e não a uma série completa.
Na verdade, a saga é composta por sete livros: 5 escritos por Adams em vida, um escrito por Eoin Colfer e um composto por fragmentos encontrados no computador do Adams após a sua morte.
Agora que estas informações já estão claras, vamos descrever o primeiro livro que serve para apresentar os personagens principal e introduzir o leitor à narrativa empolgante de Adams.
Nele, você conhecerá os dois personagens principais de Douglas Adams: Arthur Dent e Ford Prefect. Como se trata de uma obra de ficção científica, o contexto da narrativa é bastante diferenciado. Explicamos.
Em primeiro lugar, Dent e Prefect são seres de naturezas distintas. Enquanto Arthur Dent é um inglês azarado, atucanado, com poucos amigos, um deles é na verdade um extraterrestre disfarçado: Ford Prefect. Dent não sabe que o ator desempregado a quem chama de amigo é um ser de outro planeta. Mas descobre o fato aterrador quando Prefect o salva da destruição da Terra.
A partir do momento em que Arthur Dent e Ford Prefect abandonam o planeta, ambos se envolvem em uma série de aventuras pela galáxia a fim de chegarem ao planeta Magrathea.
No início, o humano tem muita dificuldade para entender o que está acontecendo, afinal, de um segundo para o outro todo o mundo que ele conhecia foi, literalmente, para o espaço. Com o tempo, Dent e Prefect se envolvem em vários momentos hilários que dão muito fôlego para o leitor.
Nessa viagem, os personagens não apenas se envolvem em aventuras, mas são confrontados com diversas questões atemporais que também fazem sentido para quem lê. Algumas delas são sobre nossas origens, sobre nossas necessidades, sobre o futuro.
Assim, quem lê “Guia do mochileiro das galáxias” tem a oportunidade de fazer boas reflexões ao mesmo tempo em que se diverte com as vivências de Dent e Prefect por onde quer que eles forem.
2. O restaurante no fim do universo
A saga de Douglas Adams não conquistou milhares de nerds ao redor do mundo apenas porque ele conta uma história interessante. Estamos falando de um escritor de calibre, extremamente inteligente na maneira como constrói a sua trama e no tipo de discussão que apresenta aos leitores.
Assim, é realmente gratificante que ele não tenha limitado sua genialidade a apenas um livro. Portanto, seguiremos indicando o que acontece em “Guia do mochileiro das galáxias” em seu segundo livro, intitulado “O restaurante no fim do universo”.
Neste livro, a narrativa já apresenta a duplinha Arthur Dent e o alienígena Ford Prefect unida a três outros amigos que eles conhecem no livro 1.
Todos são navegantes da nave Coração de Ouro e, com ela, buscam por um restaurante próximo ao lugar em que estão na galáxia.
Como falamos bastante sobre Douglas Adams e sobre a amizade de Prefect e Dent mais acima, vamos falar mais sobre os outros personagens que se unem a eles agora.
Zaphod Beeblebrox é o presidente da galáxia, mas é considerado incapaz de assumir a função. O alienígena possui duas cabeças, é bastante arrogante e implica muito com Arthur Dent.
Tricia McMillian (conhecida principalmente como Trillian), juntamente com Dent, são os únicos tripulantes humanos da Coração de Ouro. Trillian é uma mulher extremamente forte e muito inteligente. Na Terra, ela trabalhava como astrofísica.
Ainda com relação a ela, é importante fazer um destaque para a descrição que Douglas Adams atribui à personagem, que é muito diferente do que vemos nas adaptações para TV e cinema.
De acordo com o autor, podemos enxergar Tricia McMillan como: “…, um humanoide escuro magro, com ondas longas de cabelo preto, uma boca cheia, um pequeno botão ímpar de um nariz e olhos ridiculamente castanhos…”
Ele ainda acrescenta detalhes sobre suas vestimentas: “com seu vermelho lenço amarrado dessa forma particular e seu vestido marrom de seda longo, ela parecia vagamente árabe”.
No entanto, quem tem acesso à história do “Guia do mochileiro das galáxias” pela série de TV que rodou em 1981 ou no filme lançado em 2005, não encontra atrizes cuja aparência corresponde a essas descrições.
Em primeiro lugar, na série de 1981, a atriz que interpreta Tricia McMillan é Sandra Dickinson. Trata-se de uma mulher branca, loira, que passa praticamente toda a série utilizando um maiô vermelho que destaca seu corpo.
Essa descrição é compreensível considerando a tradição da sexualização feminina nos filmes de ficção científica daquela época. Contudo, é importante ter em mente que esta não é uma descrição fiel da personagem e não é essa Tricia que você encontrará nos livros.
Em 2005, quem interpreta a astrofísica no filme é Zooey Deschanel. No longa, é possível ver um esforço maior por parte dos produtores para caracterizar a personagem mais fielmente, evitando sua sexualização. As vestimentas dela são mais largas e condizentes com sua profissão – um macacão largo, por exemplo.
No entanto, uma parcela dos seguidores da saga ainda observam que a atriz escolhida para desempenhar o papel poderia ser negra, seguindo a caracterização proposta por Adams em seus livros. Zooey é branca e tem olhos azuis, ou seja, nada de “humanóide escura magra” ou de “olhos ridiculamente castanhos” por aqui também.
Por fim, precisamos descrever o último tripulante da nave: Marvin, um robô conhecido como “androide paranoide” ou “androide paranoico”. Vemos em Marvin um personagem extremamente inteligente, mas também muito depressivo. Além disso, Marvin é certamente um dos personagens mais populares da saga, se não for o mais popular e querido.
Robôs com sentimentos não são incomuns nas narrativas de ficção científica, mas Marvin é tão especial que até ganhou menção em uma música da banda Radiohead.
O grupo de rock alternativo ficou famoso principalmente nos anos 90 e inseriu uma canção chamada “Android Paranoid” no álbum “Ok Computer”.
Agora que você já conhece os principais personagens de “Guia do mochileiro das galáxias”, voltaremos ao enredo do livro 2.
Como dissemos, os membros da tripulação da Coração de Ouro estão à procura de um restaurante, mas não o restaurante do fim do universo. O problema é que, enquanto procuram pelo local, acabam fazendo uma viagem pelo tempo, o que deixa tudo muito mais emocionante…
3. A vida, o universo e tudo mais
Em “A vida, o universo e tudo mais”, o leitor encontra Arthur Dent vivendo sozinho por cinco anos.
Sua estadia na Terra Pré-Histórica tem muito a ver com os acontecimentos narrados no livro 2 e, por isso, não daremos muitos detalhes sobre ela. Dessa forma, não estragamos a sua experiência de leitura.
O que podemos dizer é que a vida monótona de Dent está prestes a ser transformada. Um amigo antigo, Ford Prefect, volta para a realidade do humano de um jeito inesperado.
Na verdade, o inesperado mesmo é o local para o qual ambos acabam se teletransportando: o lugar em que tudo começou.
Se você bem se lembra do enredo do livro 1, sabe que a Terra foi destruída, mas Dent não sabia que isso iria acontecer e levava uma vida azarada e isolada em Londres. Agora, muito tempo depois, ele volta para Londres junto com Prefect antes de a catástrofe acontecer.
Em “A vida, o universo e tudo mais”, a função de Arthur Dent e Ford Prefect é trabalhar para evitar a destruição do Universo. Nesta etapa da narrativa, eles descobrem muitos fatos anteriores à destruição da Terra que são cruciais para o desenvolvimento da história. Portanto, é importante não deixar de fazer a leitura do livro 3, já que ele explica muito sobre aquilo que traz em seu título: a vida, o universo e tudo mais.
4. Até mais, e obrigado pelos peixes!
Em “Até mais, e obrigado pelos peixes!” temos o que parece ser o fim da série “Guia do mochileiro das galáxias”. Contudo, você já sabe que a saga conta com mais um livro escrito por Douglas Adams em vida, o que já indica que o final da história ainda está um pouquinho longe de chegar.
Quem não sabe disso ainda é o nosso personagem principal, Arthur Dent. Na verdade, no começo do livro 4, ele está de volta a Londres, em uma realidade completamente monótona.
Assim, ele começa desconfiar que todos os anos vividos em companhia de Prefect e seus outros amigos não passaram de uma ilusão.
Afinal, como seria possível que todas as coisas que compunham a sua realidade estivessem exatamente no mesmo lugar? Ou ele ficou louco, ou a história da qual se lembra realmente aconteceu.
O que você encontra no livro é uma investigação com o objetivo de sanar a dúvida.
Um dato importante a destacar é que Dent não faz essa investigação sozinho. Ele conta com o auxílio de sua companheira, Fenchurch. A namorada de Arthur é descrita como uma jovem muito bonita, mas que sofre com surtos psicóticos.
Juntos, ambos começam a investigar seriamente se existe ou já existiu um plano perverso para provocar alucinações nos seres humanos, o que explicaria a atual situação das coisas. Além disso, investigam também se o que Arthur viveu foi real.
Em uma trama cheia de aventura, problemas e, principalmente, romance, você é levado de volta para a realidade caótica de um azarado à procura de respostas para a vida.
5. Praticamente inofensiva
Chegamos ao número 5 do “Guia do mochileiro das galáxias” que, para muitos fãs, se trata do final real para a saga de Arthur Dent. Se você achava que os antigos amigos do protagonista não voltariam a se encontrar, saiba que em “Praticamente inofensiva” o reencontro é certo.
Antes de falarmos mais especificamente sobre o enredo, é interessante fazermos uma pausa para abordar o processo criativo de Douglas Adams. Para isso, confira abaixo a data de publicação de cada um dos livros da série.
- O guia do mochileiro das galáxias (1979);
- O restaurante no fim do universo (1980);
- A vida, o universo e tudo mais (1982);
- Até mais, e obrigado pelos peixes! (1984);
- Praticamente inofensiva (1992).
Veja bem: até a publicação de “Até mais, e obrigado pelos peixes!” o autor sempre publicou seus livros em um hiato de no máximo dois anos. Contudo, o espaço de tempo entre a publicação deste livro até a publicação de “Praticamente inofensiva” é enorme.
Se você parar para pensar na evolução pela qual a tecnologia passa em um período de 8 anos, vê que se trata de muita coisa.
Considerando que Adams sempre gostou de incorporar aquilo que ele conhecia sobre a ciência e o mundo em seus livros, seus fãs esperavam uma mudança drástica em seu estilo de escrita e no conteúdo do livro.
No entanto, o que encontraram em “Praticamente inofensiva” foi um livro com escrita amadurecida, o verdadeiro toque final que Adams podia entregar para finalizar a sua série.
Voltando ao enredo: nele, 3 integrantes da Coração de Ouro voltam a se encontrar depois de já terem se estabelecido em suas respectivas vidas.
Você lembra que, ao longo da série, os personagens se desencontram algumas vezes no espaço e no tempo, certo? Porém, por motivos que não revelaremos aqui, eles podem se reencontrar.
O problema dos reencontros é que eles possuem consequências drásticas. Juntos, Arthur Dent, Ford Prefect e Trilian precisam se desfazer das realidades com as quais tinham se acostumado para assistir a Terra ser destruída mais uma vez.
Além disso, Adams traz para a história um aperfeiçoamento nas críticas sociais e incorpora ao enredo inovações tecnológicas que eram esperadas, principalmente considerando a diferença de tempo entre a última publicação e esta.
Sem dar muitos detalhes, o que podemos dizer sobre o último livro de Douglas Adams para a série é que ele mistura todos os ingredientes que fizeram do “Guia do mochileiro das galáxias” um sucesso. Assim, encerra a sua contribuição em vida com chave de ouro.
Infelizmente, Adams faleceu precocemente, aos 49 anos de idade. Porém, o que parecia ser o fim de uma saga que encantou uma legião de nerds ao redor do mundo, na verdade, ainda estaria longe de acabar.
6. E tem outra coisa…
Em 2009, os fãs do guia foram surpreendidos com uma continuação da série, escrita por Eoin Colfer. Antes de falarmos sobre como ele entrou na obra já finalizada por Douglas Adams, precisamos apresentá-lo.
Eoin Colfer é irlandês e um excelente contador de histórias. Ele é responsável por muitos livros infantis, sua especialidade, mas também escreve para adultos. Talvez você já conheça seu trabalho pela famosa série de livros “Artemis Fowl”, em que vários personagens do universo da mitologia se unem em uma história delicada e cheia de nuances.
Tratando agora da continuação do “Guia do mochileiro das galáxias”, saiba que Colfer não foi enxerido e nem escreveu o livro sem autorização. Na verdade, a viúva de Douglas Adams, Jane Belson, juntamente com a agência literária do falecido autor, pediram a Colfer que escrevesse um novo final para a história.
De acordo com a viúva e a agência, Douglas Adams pretendia escrever esse novo final, pois achava que o do volume 5 foi sombrio demais. Contudo, como sabemos, Adams infelizmente faleceu cedo demais e o projeto precisou de um novo escritor competente.
Eoin Colfer aceitou a tarefa com prazer e fez de tudo para seguir à risca o estilo narrativo de Adams, o que é uma tarefa bem difícil para quem tem a sua própria maneira de escrever.
Precisamos destacar aqui que, nos livros, o autor do “Guia do mochileiro” acrescentava críticas sagazes, questionamentos profundos e um humor singular. Portanto, essas características não são fáceis de copiar, mas Colfer fez tudo isso com maestria.
Neste novo final, mais uma vez precisamos nos adaptar à nova vida de Arthur Dent, que está vivendo em um planeta que não é a Terra há alguns anos.
Mais uma vez, ele acaba encontrando Ford e Trillian e, com os amigos, é obrigado a testemunhar a destruição da Terra como quem fica e não como quem foge.
Porém, em “E tem outra coisa…”, eles encontram um personagem sobre o qual não falamos há algum tempo: Zaphod Beeblebrox.
Ao lado da criatura e à bordo da Coração de Ouro, o grupo enfrenta novas aventuras intergaláticas. Além disso, finalmente recebem um final digno do orgulho e da aprovação de Douglas Adams e de seus leitores.
Esperamos sinceramente que você faça a leitura dos livros até aqui!
7. O salmão da dúvida
Por fim, falamos do último volume da série, escrito a partir de fragmentos de Douglas Adams. Aqui você não só encontra dez capítulos completos do novo livro em que o autor estava trabalhando, como lê ensaios particulares sobre os mais diversos temas.
Assim, se você quer conhecer mais sobre quem era a pessoa por trás de tantas aventuras empolgantes e personagens incríveis, não deixe de fazer a leitura de “O salmão da dúvida”.
Uma curiosidade final: o que o Dia da Toalha e o Dia do Orgulho Nerd têm em comum?
Algo que não comentamos aqui e que é uma parte muito importante da obra diz respeito à simbologia por trás do número 42.
Lendo os livros, você descobrirá por que 42 é a resposta para a vida, o universo e tudo mais e também como relacioná-lo aos diferentes usos de uma simples toalha – item fundamental para um mochileiro da galáxia.
O que podemos revelar aqui é que os fãs da série decidiram comemorar a vida de Douglas Adams duas semanas após a sua morte, no dia 25 de maio. Essa também foi a data escolhida para a premiere do filme “Star Wars: Episódio IV – uma nova esperança” e, por isso, foi popularizada como o Dia do Orgulho Nerd.
Gostou de conhecer a ordem dos livros do Guia do Mochileiro das Galáxias?
Não pare neles!
Além dos livros do Guia do Mochileiro das Galáxias, tem muitas outras indicações super legais aqui no Mural dos Livros, então, continue se aventurando pela ficção científica. Até a próxima!