Todo leitor ávido já leu uma obra brasileira ou pelo menos já ouviu falar de um clássico da nossa literatura.
Gerando discussões, encantos, lágrimas e sorrisos, nossos autores sempre nos surpreenderam da melhor forma possível!
Sabendo de tudo isso, vamos nos aventurar nessa lista de melhores livros brasileiros?
Gostou da nossa seleção de livros brasileiros?
Se você curtiu as indicações, vai gostar ainda mais de conhecer detalhes sobre cada obra. A seguir, saiba mais sobre os 29 melhores livros selecionados e prepare-se para a leitura.
1. Vidas secas, de Graciliano Ramos, um dos melhores livros brasileiros
Graciliano Ramos, nascido em 1892 no estado de Alagoas, foi um dos grandes romancistas brasileiros.
“Vidas secas”, lançado em 1938, com certeza não é uma leitura fácil para quem costuma molhar as páginas dos livros durante suas aventuras literárias, porém, é necessária.
O livro retrata a história de uma família de retirantes do sertão nordestino que busca uma vida melhor ao tentar fugir das mazelas que açoitavam o nordeste na época, como seca, fome e a desigualdade social.
Ao longo das páginas, o autor nos apresenta personagens muito castigados pela vida sofrida e que são o reflexo das situações que vivem.
2. Macunaíma, de Mário de Andrade
Essa obra-prima escrita pelo aclamado Mário de Andrade em 1928 mantém sua posição entre os maiores livros do Brasil desde o seu lançamento, sendo considerado também um dos principais romances modernistas.
Com uma mistura de mistério, lendas, história, folclore e crenças populares, esse livro prende o leitor do início ao fim.
O livro conta a história do índio e anti-herói Macunaíma, que ao perder uma pedra de valor sentimental inestimável, enfrenta toda e qualquer adversidade para obtê-la de volta.
3. Grande sertão: Veredas, de Guimarães Rosa
Lançado em 1956 e escrito por Guimarães Rosa, “Grande sertão: Veredas” emociona e surpreende os leitores até hoje.
O livro conta a história do jagunço Riobaldo, que durante sua narrativa tenta responder questões inerentes à humanidade, como nossa origem ou o bem e o mal.
Ao longo da história, vamos nos deparando com as situações enfrentadas pela vida do ex-jagunço e como isso foi fundamental para o fazendeiro que é hoje. Isso tudo sem contar a prosa inovadora e maravilhosa de Guimarães Rosa.
Trazendo à tona a realidade brasileira e do sertão mineiro e baiano da época, Guimarães Rosa se torna leitura obrigatória para quem deseja se debruçar em um bom livro.
4. Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, uma grande obra da literatura nacional
Não poderíamos continuar essa lista sem citar o imortal Machado de Assis. Nascido em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, Machado de Assis tem seu nome cravado quando há referência aos expoentes da escrita brasileira.
“Memórias póstumas de Brás Cubas” foi lançado em 1881 e conta a história de um homem que, após a sua morte, deseja escrever a sua autobiografia.
Considerado o precursor do Realismo no Brasil, o autor trata de temas pertinentes da época, como escravidão e diferenças entre as classes sociais.
Machado de Assis demonstra toda a sua maestria como escritor no decorrer do livro, mostrando como era a sociedade do rio de Janeiro durante o século XIX.
5. A hora da estrela, de Clarice Lispector
Quando falamos de escritoras brasileiras, é impossível não citar o nome de Clarice Lispector.
Nascida no dia 10 de dezembro de 1920 na Ucrânia, Clarice foi trazida ao Brasil ainda muito pequena, aos dois anos de idade.
“A hora da estrela” foi um dos últimos livros da autora, lançado em 1977.
O livro conta a história de Macabéa, uma datilógrafa alagoana que se muda para o Rio de Janeiro, tendo sua vida narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M.
Clarice Lispector emociona qualquer leitor ao retratar toda a interioridade de Macabéa, uma mulher que possuía sonhos, medos e traumas.
6. O tempo e o vento, de Érico Veríssimo
Érico Veríssimo é um autor consagrado na literatura brasileira. Nascido em 1905, Veríssimo deixa uma série de livros para serem apreciados.
“O tempo e o vento” faz parte de uma série de livros publicados entre 1949 e 1962.
A série se divide em três títulos, “O continente”, “O retrato” e “O arquipélago”.
Essa série de livros faz parte de uma visão da história brasileira a partir do sul do país, tendo as famílias Terra, Caré, Cambará e Amaral como protagonistas.
Se você é curioso quanto à história do Rio Grande do Sul, não deixe de ler esse clássico da literatura por Érico Veríssimo!
7. O cortiço, de Aluísio Azevedo
“O cortiço” é um livro publicado em 1890, por Aluísio Azevedo,.
Esse livro faz parte dos clássicos da literatura brasileira, sendo constantemente usado em vestibulares e provas por todo o país.
O livro narra a história de João Romão, um comerciante que possuía uma venda, uma pedreira e um cortiço.
João possuía uma rixa com um comendador que tinha como posse um sobrado ao lado de seus comércios.
O protagonista então luta com todas as suas forças para enriquecer o mais rápido possível, sem se importar com as pessoas ao seu redor, tentando adquirir o seu tão sonhado prestígio social.
8. Dom Casmurro, de Machado de Assis, um dos mestres da literatura nacional
Dom Casmurro é mais uma obra do escritor Machado de Assis que foi eternizada na literatura brasileira.
O romance foi lançado no ano de 1899 e conta a história de Bento Santiago, que busca narrar sua história entrelaçando os acontecimentos da sua juventude até o momento que está vivendo enquanto escreve o livro.
Bento, também conhecido como Bentinho, se apaixona por Capitu, uma mulher linda, mas que tinha em si uma certa ambiguidade.
Essa história de amor e ciúmes foi e é muito discutida em teses de todos os níveis de educação no Brasil, então a leitura é imperdível!
9. Iracema, de José de Alencar
Seguimos nossa lista com “Iracema”, um romance que pertence a uma corrente da literatura brasileira chamada de indianismo.
José de Alencar, nascido em 1829, publicou o livro em 1865, na tentativa de construir uma identidade brasileira e solidificar uma cultura nacional.
A história conta o amor de Iracema, índia brasileira, e o português Martim. A ardente paixão que crescia entre os dois não é bem vista por todas as pessoas da tribo, então, os dois devem vencer uma série de obstáculos para continuarem juntos.
10. Perto do coração selvagem, de Clarice Lispector
“Perto do coração selvagem” é o primeiro livro e romance lançado pela escritora Clarice Lispector, em 1943.
O livro tem como protagonista uma mulher chamada Joana, que conta sua história atrelada a dois períodos: sua infância e o início de sua vida adulta.
Quebrando os paradigmas da época, que se baseavam em críticas às estruturas sociais, Clarice Lispector traz já em seu primeiro livro toda a subjetividade humana pela qual a autora seria conhecida no decorrer de suas obras. Vale a leitura!
11. Os sertões, de Euclides da Cunha
“Os sertões” é uma das obras essenciais para quem deseja conhecer de fato a literatura brasileira e a história do Brasil.
Escrito por Euclides da Cunha e publicado em 1902, foi considerado o primeiro livro-reportagem brasileiro por contar os fatos acontecidos durante a Guerra de Canudos, no interior da Bahia.
12. Amar, verbo intransitivo, de Mário de Andrade
É claro que Mário de Andrade deveria aparecer mais uma vez nessa lista de melhores livros brasileiros.
Esse romance gira em torno do início da vida sexual de um jovem com uma professora de alemão contratada pelo seu pai.
Intensa e verdadeira, essa é mais uma das obras de Mário de Andrade que merece o devido reconhecimento na literatura.
Aproveite para ler também nossa seleção de melhores livros de romance.
13. Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
Lima Barreto também é um dos autores clássicos que nos fazem viajar para outros mundos por meio de suas obras.
Esse livro é um representante do período pré-modernismo brasileiro e tem como enredo a vida do major Policarpo, um nobre idealista de bom coração que sempre acaba sendo usado e se dando mal devido às suas qualidades.
O personagem é um retrato de uma pessoa extremamente nacionalista e que vai até o fim para seguir com seus princípios.
Publicado em 1915, Lima Barreto se consagra com essa maravilhosa história!
14. O pagador de promessas, de Dias Gomes
O dramaturgo Dias Gomes também merece um lugar especial na nossa lista!
Encenado pela primeira vez em 1960, “O pagador de promessas” versa sobre o sertanejo Zé-do-burro, que deseja carregar uma grande cruz para dentro de uma igreja de Santa Bárbara na tentativa de pagar uma promessa feita.
Porém, no seu caminho, Zé deve se confrontar com as mentiras, ganância e corrupção da sociedade.
Com essa obra de Dias Gomes, é impossível não se emocionar!
15. Urupês, de Monteiro Lobato
É difícil encontrar no Brasil alguém que nunca tenha ouvido falar ao menos uma vez do ícone da literatura chamado Monteiro Lobato.
Urupês se trata de uma coletânea de contos e crônicas publicada pela primeira vez em 1918.
Essa obra-prima de Monteiro Lobato surgiu na época em que o autor se via descontente com algumas coisas que aconteciam no roçado em que vivia.
É nessa coletânea de contos que Lobato dá origem ao seu personagem mais conhecido, o caboclo Jeca Tatu.
16. Estrela da manhã, de Manuel Bandeira
Manuel Bandeira, famoso poeta brasileiro que já provocou a dor no coração de muitos leitores, não poderia ficar longe da nossa lista.
O livro “Estrela da manhã”, com toda sua intensidade, sensualidade e melancolia, reúne tudo que um admirador da poesia brasileira precisa.
Por isso, não deixe de conferir esse clássico de Manuel Bandeira!
17. Capitães de areia, de Jorge Amado, grande escritor brasileiro
Para ler esse clássico da literatura escrito por Jorge Amado, é melhor deixar preparada uma caixa de lenços para secar os olhos .
Jorge Amado, nascido em 1912, nos presenteia com essa obra de arte em forma de livro chamado “Capitães de areia”.
Lançado em 1937, o livro nos lança na realidade de um grupo de menores abandonados que lutam para sobreviver nas ruas de Salvador, na Bahia.
Com forte apego às questões sociais, “Capitães de areia” é leitura quase obrigatória!
18. Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto
Esse livro é indicado para aqueles que são amantes dos clássicos livros de poemas.
“Morte e vida Severina”, publicado originalmente em 1955, do escritor João Cabral de Melo Neto, relata a dura história de um retirante sertanejo que abandona sua terra em busca de refúgio no Recife.
Diante de tantas dificuldades, vale a pena tirar um tempo para conhecer essa obra magnífica retratada no melhor que a poesia de João Cabral de Melo Neto pode nos proporcionar!
19. Poema sujo, de Ferreira Gullar
Continuando nossa lista de poemas que aquecem os corações dos leitores enquanto as lágrimas escorrem pelo rosto, apresentamos a obra de Ferreira Gullar.
“Poema sujo”, publicado em 1975, se comporta quase como uma autobiografia do autor, que usa sua maestria para escrever sobre as lembranças de sua infância, evoluindo até os dias em que se tornou um exilado político por causa de seus ideais.
Não deixe de conhecer essa obra-prima em forma de desabafo do nosso estimado Ferreira Gullar!
20. O Alquimista, de Paulo Coelho
Paulo Coelho nos enche de orgulho ao ter em seu portfólio de obras um dos clássicos mais vendidos do mundo.
“O alquimista”, publicado em 1978, já vendeu mais de 150 milhões de cópias e já foi traduzido em mais de 70 idiomas.
O romance versa a história de um pastor andaluz de nome Santiago.
Santiago tinha um sonho que se repetia e decidiu então consultar uma adivinha na expectativa de conhecer o real significado de seu sonho.
A adivinha interpreta seu sonho e diz ao pastor que, nas pirâmides do Egito, havia um tesouro escondido.
Santiago então se mune de toda sua coragem e parte em busca do tesouro.
21. Lira dos vinte anos, de Álvares de Azevedo, mais um expoente do Rio de Janeiro
Chegamos ao vigésimo primeiro dos melhores livros brasileiros com um autor que infelizmente só se tornou conhecido depois de sua morte.
Álvares de Azevedo morreu aos 21 anos de idade, em 1852. Logo após sua morte, em 1853, a antologia poética foi originalmente dividida em duas partes.
Na primeira, o autor escreve seus poemas com uma alta carga de sentimentalismo, platonismo amoroso e melancolia.
Na segunda parte, os versos são demasiadamente irônicos, mórbidos e sarcásticos, trazendo um contraste à obra.
22. Auto da compadecida, de Ariano Suassuna
A maior parte das pessoas que cresceram assistindo à Sessão da Tarde da rede Globo já se depararam uma vez ou outra com o filme “Auto da compadecida”.
Essa obra de imenso valor cultural foi escrita pelo dramaturgo Ariano Suassuna, nascido em 1927 na Paraíba.
A peça foi escrita primariamente com o intuito de satirizar as pessoas que se importam demasiadamente com os bens materiais.
A todo momento na história os humildes são vangloriados em detrimento daqueles que muito têm.
Ariano Suassuna foi um escritor importante para nossa literatura e um homem muito querido. Sua morte em 2014, aos 87 anos, gerou grande comoção social.
23. Gabriela cravo e canela, de Jorge Amado
Quem não se lembra daquela nostálgica abertura da telenovela “Gabriela” estrelada por Juliana Paes em 2012?
Outro grande livro de Jorge Amado que narra a história de Gabriela, uma retirante do sertão nordestino, bonita e simples, que se muda para Ilhéus em busca de uma vida melhor.
A beleza da morena Gabriela logo chama a atenção dos homens da cidade, que se prontificam a tentar conquistar a moça.
Gabriela quer viver sua vida da maneira como sempre viveu, mas seus romances e as pessoas de Ilhéus irão desafiar sua liberdade.
24. O encontro marcado, de Fernando Sabino
Estreando nessa lista, mas não menos importante, apresentamos o escritor Fernando Sabino com sua obra “O encontro marcado” publicada pela primeira vez em 1967.
Esse romance fala sobre a vida de Eduardo Marciano.
Com aspectos de autobiografia, a história passa por todos os momentos marcantes da vida de Eduardo, como a infância, o primeiro beijo, seu casamento e sua vida adulta.
Uma joia de nossa literatura que merece ser saboreada nos seus mínimos detalhes.
Se você se interessou por essa obra de Sabino, pode gostar também da nossa seleção de melhores biografias. Confira!
25. Canção do exílio, de Antônio Gonçalves Dias, grande nome da literatura nacional
Como vocês já devem ter percebido, o que não falta na nossa literatura são poetas talentosos e de renome mundial.
Gonçalves Dias, no momento em que se separou de sua pátria amada, sentiu uma saudade tão grande que precisou demonstrar em palavras o quanto amava sua terra.
“Canção do exílio”, obra publicada no século XIX, foi escrita por Gonçalves Dias enquanto ele se encontrava na cidade de Coimbra, em Portugal.
Se você é apaixonado pelo Brasil, não deixe de ler essa obra, que consegue se equiparar às belezas da nossa nação.
26. Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues
Depois de tantos dramaturgos excepcionais nessa lista, finalmente chega a vez do dramaturgo que é considerado um dos melhores do Brasil: Nelson Rodrigues!
“Vestido de noiva” se debruça sobre as memórias de Adelaide, que após sofrer um acidente começa a relembrar as brigas que teve até aquele momento com a sua irmã Lúcia, a qual Adelaide roubou o namorado Pedro.
Se você gosta de novelas, esse livro de Nelson Rodrigues tem que fazer parte de sua estante!
27. Viva o povo brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro
João Ubaldo Ribeiro foi um escritor baiano de suma importância para a literatura brasileira.
Em “Viva o povo brasileiro”, João conta pouco mais de três séculos de uma anti-história do Brasil.
O enredo ganha força ao contar os conflitos realizados entre grupos escravistas, onde Farinha, um latifundiário violento, decide tomar para si uma das escravas de sua fazenda, Vevê.
Vale ou não a pena acompanhar essa obra-prima? Claro que sim!
28. Fogo morto, de José Lins do Rego
José Lins do Rego, segundo a crítica, ocupa uma das posições de destaque como escritor de romances em língua portuguesa.
Na sua obra-prima “Fogo morto”, José retrata com um singular peso nas palavras a constante desestruturação dos engenhos de cana-de-açúcar.
Esse romance, que é inserido como parte da segunda fase do modernismo brasileiro, deve ser degustado sem moderação alguma!
29. O quinze, de Rachel de Queiroz
Não poderíamos fechar nossa lista sem citar a maravilhosa escritora chamada Rachel de Queiroz!
“O quinze” foi o primeiro romance de Rachel, publicado em 1930. Seu título se refere ao grande período de estiagem vivido pela autora em sua infância, em 1915.
O enredo se baseia primariamente em dois planos: o primeiro, enfocando o vaqueiro Chico Bento e seu círculo familiar; o segundo, na relação amorosa entre Vicente e Conceição.
Não perca esse romance que mudou a história da literatura brasileira!