O livro As Crônicas de Nárnia, escrito por C.S. Lewis entre os anos de 1949 e 1954, é uma série que possui sete romances com muita fantasia. A narrativa, de ficção científica, foi produzida de maneira separada, até juntar-se e transformar-se em um único livro.
Além disso, o autor foi voltando em partes do processo textual, ao longo da produção, o que fez com que o livro não fosse publicado de maneira cronológica.
A história se passa em Nárnia, local onde existe uma terra encantada com muita magia, animais que falam e seres mitológicos.
A obra é considerada um clássico da literatura e foi traduzida para muitos idiomas. Foi adaptada para diversas artes, como televisão, teatro e cinema e ainda traz elementos dos contos de fadas e da mitologia nórdica.
No Brasil, a publicação somente foi popularizada após o lançamento do filme The Chronicles of Nárnia: The Lion, the Witch and the Wardrobe (As Crônicas de Nárnia: o leão, a feiticeira e o guarda-roupas), em 2005. Isso fez com que os livros se tornassem um dos mais vendidos no país naquele ano.
ORDEM | LIVRO | |
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1
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O sobrinho do mago
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2
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O leão, a feiticeira e o guarda-roupas
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3
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O cavalo e seu menino
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4
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Príncipe Caspian
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5
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A viagem do peregrino da alvorada
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6
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A cadeira de prata
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7
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A última batalha
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Resumo do livro As crônicas de Nárnia
Durante a leitura da obra As Crônicas de Nárnia, é possível perceber que a história se passa em um mundo fantástico e muito mágico. Isso se dá pelo fato de tornar-se essencial que algo sobrenatural ocorra para que se consiga ter acesso ao mundo fictício.
Pessoas que conseguem passar para o outro mundo são apenas os escolhidos. Mas, quem os escolhe?
Em cada uma das séries, os protagonistas têm características de seres humanos e precisam passar por uma espécie de viagem, onde existe, de um lado, o mundo real, e de outro Nárnia.
Com isso, é possível notar, durante a narrativa, que alguns objetos são o que dão acesso à passagem para o mundo de Nárnia. No caso do primeiro livro, o guarda-roupa foi quem abriu as portas para a passagem para o mundo fantástico.
Em suma, são aventuras de crianças que partem para um mundo mágico, onde até animais falam, e ainda acabam enfrentando batalhas entre o bem e o mal. Além disso, durante a trajetória, os personagens são orientados pelo Grande Leão, conhecido também como Aslam.
Conheça a ordem de leitura e publicação da obra As Crônicas de Nárnia
Em meio a muitas sequências de As Crônicas de Nárnia, o leitor acaba na dúvida de qual a ordem correta de leitura.
Diante disso, abaixo é possível conferir a ordem cronológica do livro e os principais acontecimentos.
1. As Crônicas de Nárnia: O Sobrinho do Mago
No primeiro livro da série, O Sobrinho do Mago, que foi publicado em 1955, apesar de não ser necessariamente escrito em ordem cronológica, o início da história conta as aventuras de Polly e Digory, que vão parar no gabinete secreto do tio André. A garotinha Polly acabou se encantando com um anel mágico e, misteriosamente, desapareceu.
O amigo Digory não pensou duas vezes e foi logo para o outro mundo de magia em busca de Polly. No mundo encantado, Digory consegue encontrar a amiga e ainda ouve Aslam cantando a sua canção.
Isso aconteceu após a criação do mundo de Nárnia, que tinha como paisagem árvores, reflexo de sol, flores, animais e relva.
Assim sendo, apesar de ser o último livro lançado, ele serve de base para explicar toda a cronologia de eventos que acontecerão no futuro.
2. As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa
Nesta série do livro, que teve sua publicação em 1950, o autor narra o reencontro de Digory – já mais velho – com Polly. Digory tem a companhia de quatro crianças, Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia.
Essas crianças precisam morar com o personagem para escapar da guerra, afinal, Londres estava sendo constantemente bombardeada pelo exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial.
Uma das crianças, Lúcia, durante uma brincadeira acaba encontrando um guarda-roupas em formato de madeira e macieira e que tem como destino Nárnia.
Na terra encantada, ela acaba conhecendo Fauno Tumnus, que conta um segredo sobre o local: Nárnia é chefiada por uma feiticeira branca.
Como se não bastasse, a feiticeira deixou que houvesse um inverno eterno como forma de castigo pela não obediência dos habitantes do lugar.
Quando a irmã mais nova volta para onde estão os demais amigos, eles não acreditam na história da personagem pelo fato de ser uma história mais longa do que realmente o tempo que Lúcia permaneceu longe.
Diante disso, um integrante do grupo, Edmundo, entra no guarda-roupa e, a partir daí, encontra a feiticeira branca e pede ajuda.
O personagem é convencido a trair seus irmãos e a consequência disso é que ele leva a culpa para o resto da vida.
Em uma sequência emocionante, este livro, que tem leitura simples, foi o primeiro a ser lançado e tem sua narrativa voltada para o amor e a confiança entre os irmãos.
3. As Crônicas de Nárnia: O Cavalo e Seu Menino
As Crônicas de Nárnia: O Cavalo e Seu Menino, que foi publicado em 1954, é o terceiro entre os livros da série e conta sobre o reino vizinho de Nárnia, denominado Calormânia.
Assim sendo, ele foge um pouco da história que já vinha sendo contada nos dois primeiros livros da ordem cronológica das Crônicas de Nárnia.
Shasta é um menino escravo que acaba fugindo com o auxílio de um cavalo. Mas, o curioso é que esse animal fala.
No percurso da fuga, o personagem acaba encontrando uma garota, chamada Aravis, que está acompanhada de uma égua. A partir daí, os quatro integrantes se juntam.
O grupo acaba descobrindo que o reino de Arquelândia e ainda o de Nárnia serão destruídos pelo ataque dos calormanos.
Isso se dá pelo fato do príncipe Caspian estar com o ego ferido após a rainha de Nárnia, Susana ter se recusado a se casar com ele. Com isso, Aravis e Shasta partem para a terra encantada a fim de impedir que haja guerra.
4. As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian
A quarta parte do livro, As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian, publicado em 1951, tem como história a abordagem das aventuras de Lúcia, Edmundo, Susana e Pedro, que regressaram ao mundo fantástico há mais de um ano.
Vale ressaltar que o tempo na Nárnia ocorre diferentemente do mundo na realidade.
Nesse meio tempo, o rei, que é pai do príncipe Caspian, acabou sofrendo um assassinato cometido pelo irmão. Esse crime teve como consequência a tomada do poder e um mandado para matar a população Nárniana. Além disso, o novo rei acabou proibindo os animais de falarem.
Com isso, na quarta leitura da série, as crianças, Aslam e o príncipe Caspian têm a missão de derrubar o assassino e retomar o poder.
5. As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada
Publicado em 1952, a obra As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada começa contando que, dos irmãos, apenas Edmundo e Lúcia voltam para Nárnia acompanhado de seu primo Eustáquio, que acabou indo por engano.
Os três vão em busca dos antigos sete lordes para achar os objetos que foram escondidos. Os personagens embarcam em um navio e quem os acompanha são o Rei Caspian e o roedor Ripchip.
Diante disso, a história conta de maneira ficcional como os personagens se mantém no local e as batalhas que tiveram de enfrentar.
6. As Crônicas de Nárnia: A Cadeira de Prata
Na penúltima obra de C.S. Lewis, As Crônicas de Nárnia: A Cadeira de Prata, publicado no ano de 1953, a saga da batalha na terra encantada continua.
Uma amiga da escola de Eustáquio, chamada Jill, passou por tempos difíceis e o amigo, por sua vez, resolveu fazer algo para ajudá-la. Para isso, Eustáquio teve a brilhante ideia de alegrá-la ao contar suas aventuras no espaço de fantasias.
Porém, diante das memórias, o personagem tem um sentimento de saudade do lugar e resolve voltar.
Os dois vão à procura e se juntam ao Aslam, que vão desesperadamente para acabar com a guerra que está acontecendo lá. Além disso, ele passa uma missão para a garotinha, que é encontrar o filho do príncipe Caspian, o príncipe perdido Rilliam. O príncipe estava sumido por cerca de 10 anos nos bosques de Nárnia.
Por conta da falha de memória de Jull, os dois curtem uma aventura para lá de emocionante.
7. As Crônicas de Nárnia: A Última Batalha
No último livro da série, intitulado As Crônicas de Nárnia: A Última Batalha, que teve sua publicação no ano de 1957, a história original fala de um velho macaco, chamado de Manhoso, e ainda um burro, que tinha como nome Confuso, que acabam achando uma pele de leão.
O burro, Confuso, por sua vez, acabou vestindo a pele do leão e fez um pronunciamento dizendo que era porta-voz de Aslam. Já o macaco, Manhoso, acabou fazendo uma espécie de aliança com o grupo dos calormanos a fim de conquistar a terra mágica, Nárnia.
Com isso, devido a uma iminência sobre o reino, o novo rei conta com a ajuda das crianças para não que não acabe perdendo todo o reino. A exceção se deu apenas à Susana, que resolveu deixar a aventura de lado para revelar uma verdade sobre um impostor.
Diante disso, na reta final do livro, acontecem algumas batalhas fortes e chega-se a atingir uma espécie de apocalipse.
Quem é C.S. Lewis, autor de As Crônicas de Nárnia?
Clive Staples Lewis, mais conhecido como C. S. Lewis, teve como uma das principais obras As Crônicas de Nárnia.
O autor nasceu no ano de 1898, na cidade de Belfast, na Irlanda. Acabou perdendo a mãe muito cedo e isso fez com que o escritor despertasse uma inquietação, que foi necessária para a sua trajetória intelectual e espiritual.
O escritor foi, durante a vida, um ateu que tinha tendências freudianas. Essa característica tornou-se presente principalmente após participar da Primeira Guerra Mundial.
Como sofreu um desagrado em relação à religião, acabou se afastando de tudo o que tinha relação com deuses, uma vez que foi comumente chamado de “problema do mal”. Quem fez essa análise foi um doutor em filosofia, Andrei Venturini, o que caracterizou como desenvolvido por Blaise Pascal.
No entanto, houve uma controvérsia, já que, ao longo da trajetória literária, percebeu que o seu maior público leitor era dominado por religiosos, caracterizados de cristãos.
C.S. Lewis levantava questionamentos constantes, onde incluíam Santo Tomás de Aquino, Santo Agostinho, George MacDonald e Dante Alighieri, que são personalidades muito religiosas, sobre acreditarem nesse “conto de fadas religioso”.
Porém, após uma conversa com seu amigo e escritor dos livros O Hobbit e O Senhor dos Anéis, J.R.R. Tolkien, acabou aceitando de maneira mais natural o cristianismo. Além disso, depois de ler The Everlasting Man, de G.K. Chesterton, entendeu melhor e acabou se tornando um cristão.
Isso acabou gerando uma alteração no seu modo de produzir literatura. A escritura, que normalmente já era bem extensa, acabou tornando-se ainda maior.
Porém, a consequência disso foi bastante positiva: seus livros, que já faziam sucesso, acabaram obtendo êxito também nos Estados Unidos.
Nesse mesmo país, uma mulher jovem, que tinha sido divorciada e tinha dois filhos, acabou conhecendo as obras de C.S. Lewis e eles acabaram se casando.
A aproximação de Joy Davidman com o escritor se deu após a jovem, acompanhada dos filhos, ter ido para a Inglaterra e conhecido C.S. Lewis. Após conversarem bastante, criaram um laço afetivo, o que fez com que os dois se casassem em um quarto de hospital. Joy Davidman tinha sido internada por conta de uma doença que acabou desenvolvendo.
O casamento de C.S. Lewis e Joy Davidman acabou durante cerca de quatro anos, até ocorrer o divórcio. Depois de separados, Joy Davidman acabou desenvolvendo uma doença e falecendo.
Durante esse tempo, Clive Staples Lewis produziu o livro que seria um dos mais importantes da carreira do escritor. The Four Lovers, que significa em tradução livre “Os Quatro Amores”, foi uma obra de não-ficção que aborda a natureza do amor em uma perspectiva mais cristã.
O falecimento da sua ex-esposa acabou pegando o escritor de surpresa e o fez desenvolver uma forte depressão. A doença psicológica foi importante para que o escritor desenvolvesse o livro intitulado A Grief Observed, sob um pseudônimo de N.W. Clerk.
A Anatomia de Uma Dor, como foi traduzido, conta o outro lado de C.S. Lewis, o qual os leitores jamais conheceram. A obra aborda seu lado sombrio e amargo, além de falar do sofrimento e sentimento de indignação após perder sua ex-esposa.
A obra de C.S. Lewis, A Grief Observed, recebeu muitos elogios de várias personalidades, como o filósofo Nicholas Wolterstorff e ainda as escritoras Madeleine L’Engle e Dorothy L. Sayers, que produziram o prefácio de A Mente do Criador, de Sayers.
Clive Staples Lewis acabou morrendo no dia 22 de novembro de 1963, quando tinha 64 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Dentre suas principais obras, estão:
- Cristianismo puro e simples;
- Além do planeta silencioso;
- Perelandra;
- Uma força medonha;
- As crônicas de Nárnia.
Gostou de conhecer a ordem dos livros de C.S. Lewis?
Esperamos que tenha gostado de saber mais sobre as aventuras que aguardam você nessa grande série aclamada conhecida como “As Crônicas de Nárnia”.
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