Sem dúvida, a Segunda Guerra Mundial foi um dos conflitos mais letais da história da humanidade. Ultrapassando 70 milhões de mortes e mobilizando mais de 100 milhões de militares, esse confronto continua despertando a curiosidade de pesquisadores, acadêmicos e leitores mesmo depois de mais de 70 anos do seu fim. Por isso, muitos livros de ficção e não ficção já foram publicados sobre o tema.
Cercada de episódios tristes e de histórias de superação, o período entre 1939 e 1945, tempo de duração desta guerra, foi marcado por avanços tecnológicos (como qualquer guerra faz), ao mesmo tempo que mostra o quão longe o ser humano pode ir em nome dos seus desejos.
Como a história desse período é impossível de ser resumida em apenas um livro ou um ponto de vista, entendemos que você precisa ter contato com várias obras sobre o tema. Nesse sentido, preparamos uma lista exclusiva sobre a Segunda Guerra Mundial.
Portanto, se você é um desses curiosos e quer aprender mais sobre a Segunda Guerra Mundial, confira a seguir os melhores livros sobre o tema!
Os 20 melhores livros sobre a Segunda Guerra Mundial de não ficção para aprender e se emocionar
Está pronto para conhecer os principais livros sobre a Segunda Guerra Mundial? Acredite se quiser, todas as histórias que você encontrará a seguir são reais. Boa leitura!
1. A mente de Adolf Hitler, de Walter C. Langer
Embora muitos já tenham escrito sobre Adolf Hitler, poucos autores se dedicaram a compreender os seus padrões de comportamento e seu modo de pensar. Por isso, em “A mente de Adolf Hitler”, Walter Langer escreveu a biografia psicológica do famoso líder alemão.
Ele entrevistou várias pessoas que conviveram com Hitler para entender como suas ideias o levaram a odiar tantas pessoas e à derrota militar.
De fato, essa obra é um dos documentários históricos mais importantes para compreensão da Segunda Guerra Mundial.
2. Caçadores de nazistas, de Andrew Nagorski
Depois que a Segunda Guerra Mundial e os julgamentos de Nuremberg acabaram e a Guerra Fria começou, os países vitoriosos se deram por satisfeitos e perderam o interesse em punir os criminosos do conflito.
Mas “Caçadores de nazistas”, de Andrew Nagorski, mostra um pequeno grupo de pessoas (oficiais e civis) que continuou lutando pela justiça mesmo depois que a maioria já estava começando a se esquecer dos crimes cometidos durante o conflito. Determinados a punir os criminosos de guerra, eles mostraram que uma hora ou outra a justiça é feita.
3. Gestapo, de Frank McDonough
A polícia secreta de Adolf Hitler, a Gestapo, tinha o objetivo de encontrar e eliminar todos os “inimigos do povo”. Mas, pouco se sabe sobre essa misteriosa organização.
Na obra de Frank McDonough nós temos a oportunidade de conhecer as histórias de pessoas que atuaram na Gestapo como equipe ou informantes. Dessa forma, o historiador revela os métodos e a frieza dos oficiais que trabalharam na organização.
4. O desaparecimento de Josef Mengele, de Olivier Guez
Josef Mengele, mais conhecido como Anjo da Morte no campo de concentração de Auschwitz, foi um médico responsável por escolher o destino das vítimas, como câmaras de gás, trabalho escravo, entre outros. Além disso, ele também realizava experimentos e pesquisas macabras.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Josef Mengele consegue escapar dos tribunais e fugir para a América do Sul. Durante trinta anos, o médico ficou desaparecido, até que foi encontrado morto em uma praia do Brasil.
Em “O desaparecimento de Josef Mengele”, Oliver Guez traça as viagens do médico nazista e sua vida clandestina depois da guerra.
5. O pacto entre Hollywood e o nazismo, de Ben Urwand
Hitler era obcecado por filmes e sabia que eles tinham um poder enorme de influenciar a opção pública. Por isso, a Alemanha nazista fez um acordo com Hollywood para que não fossem produzidos filmes que atacassem nem a perseguição aos judeus e nem os nazistas.
Até pouco tempo atrás, esse acordo era desconhecido. Mas, “O pacto entre Hollywood e o nazismo”, de Ben Urwand, trouxe à tona parte sombria da história dos Estados Unidos e de Hollywood.
6. No jardim das feras, de Erik Larson
Você já se perguntou por que o mundo só percebeu a ameaça de Hitler quando a guerra e seus horrores já eram inevitáveis?
Em “No jardim das feras”, o mestre de não ficção Erik Larson recria o clima de tensão cada vez mais opressivo de Berlim no início da Segunda Guerra Mundial.
O livro relata os acontecimentos do ponto de vista do professor William E. Dodd. Ele foi convidado para assumir a embaixada do país norte-americano na Alemanha de Hitler.
No começo, tudo parecia bem. Mas, com o decorrer do tempo, Dodd e sua família passam a testemunhar a crescente perseguição contra os judeus e a implementação de novas e assustadoras leis.
7. Para além do diário de Anne Frank, da Casa de Anne Frank
Sem dúvida, “O diário de Anne Frank” é um dos livros mais conhecidos sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas, ele também deixa muitas dúvidas sobre o dia a dia daquelas oito pessoas que estavam escondidas.
Por exemplo: como elas se alimentavam? Onde Anne Frank conseguiu as folhas para escrever o seu diário?
O livro “Para além do diário de Anne Frank” responde a essas perguntas. Ele reúne depoimentos de pessoas que viveram com a jovem e documentos da época.
Assim, ele nos conta o dia a dia das pessoas no Esconderijo antes de serem traídas e enviadas ao campo de concentração.
8. Inferno: o mundo em guerra 1939-1945, de Max Hastings
“Inferno: o mundo em guerra 1939-1945” é o resultado de 35 anos de pesquisa do jornalista e historiador Max Hastings. Seu livro descreve a experiência humana durante os anos de conflito.
Por meio de testemunhos de pessoas comuns, o autor mostra como foi viver durante a Segunda Guerra Mundial, traçando um painel do conflito em todas as linhas de frente.
9. O carisma de Adolf Hitler, de Laurence Rees
Sem dúvida, Adolf Hitler foi o pior criminoso de guerra da história. Mesmo assim, ele conseguiu apoio de milhões de pessoas. Você já se perguntou como isso aconteceu?
Apesar de ser motivado pelo ódio e não ser capaz de manter relacionamentos humanos saudáveis e normais, Hitler tinha um certo “carisma” e uma natureza atrativa.
Em “O carisma de Adolf Hitler”, Laurence Rees analisa o homem e a mente por trás do Terceiro Reich.
10. O holocausto: uma nova história, de Laurence Rees
Depois de 25 anos coletando relatos de sobreviventes dos campos de concentração e os responsáveis pelos horrores da segunda guerra, em “O holocausto: uma nova história”, Laurence Rees mostra o que tornou possível o maior crime da história.
Depois de reunir testemunhos e pesquisas, o historiador e documentarista britânico aponta que o ataque aos judeus não era o único objetivo do Terceiro Reich.
Além disso, Rees mostra que apesar de Hitler ser o líder, a culpa dos milhões de assassinatos é coletiva.
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11. Quando os livros foram à guerra, de Molly Guptill Manning
A Armed Services Editions era uma editora especializada em produzir livros para soldados em campos de guerra. Ao todo, ela lançou 1.200 obras. Então, os militares podiam ler enquanto esperavam para descer em Normandia, durante sua recuperação em hospitais ou nas trincheiras.
Muitos soldados amavam esses livros. Na verdade, até hoje os veteranos têm carinho por eles.
Mas, como mostra Molly Guptill Manning, esses livros não apenas interpretam os soldados. Eles se tornaram armas essenciais na guerra de ideias e foram vitais para a vitória.
12. Filhos de nazistas: os impressionantes retratos de família da elite do nazismo, de Tania Crasnianski
Durante a Segunda Guerra Mundial, os responsáveis pelos horrores nazistas voltavam para casa no fim do dia e conviviam com suas famílias. Até então, para os seus filhos, eles eram heróis invencíveis.
Mas, com o fim do conflito bélico, a verdade foi revelada e essas crianças e adolescentes inocentes descobriram os crimes dos seus pais. Imagine como a família de Himmler, Hess, Göring, Bormann, Frank, Speer, Höss e Mengele sofreu um grande choque de realidade.
“Filhos de nazistas”, de Tania Crasnianski, como foi a vida desses jovens ao se tornarem adultos e carregarem o nome de seus pais.
13. O Papa contra Hitler, de Mark Riebling
Durante a Segunda Guerra Mundial, muitas pessoas ficaram indignadas com a aparente neutralidade da Igreja Católica em relação ao nazismo. Inclusive, o Papa chegou a ser acusado de ser cúmplice dos nazistas.
Porém, o pesquisador especialista em serviços de espionagem Mark Riebling revelou em sua obra um episódio do conflito que ainda não tinha sido revelado.
Baseado na transcrição de documentos confidenciais, “O Papa contra Hitler” mostra que o pontífice Pio XII foi o responsável por comandar um dos maiores planos de espionagem para acabar com o Terceiro Reich.
14. O império de Hitler: a Europa sob o domínio nazista, de Mark Mazower
Apesar do seu poder, o império nazista ruiu tão rápido quanto foi construído.
Segundo Mark Mazower, essa derrota foi causada apenas pela força dos Aliados, mas principalmente devido à falta de planejamento estratégico e objetivos claros e práticos.
Além disso, o seu projeto político servia apenas aos alemães, mas a maior parte dos seus colaboradores eram de outras nacionalidades.
Em “O império de Hitler” é possível ter uma visão mais ampla da organização da política e da administração do Eixo durante os anos que marcaram a história.
15. Os garotos dinamarqueses que desafiaram Hitler, de Phillip Hoose
“Os garotos dinamarqueses que desafiaram Hitler” conta a história do jovem Knud Pedersen, de 15 anos, seu irmão e outros colegas que tomaram uma ação contra os nazistas, já que os líderes do seu país haviam se rendido sem resistência à invasão do exército alemão.
Apesar de serem descobertos e capturados, o clube secreto que levava o nome do líder conservador britânico Winston Churchill ajudou a desencadear uma resistência generalizada em toda a Dinamarca.
Sem dúvida, essa é uma das histórias da Segunda Guerra Mundial que devem ser lembradas!
16. A lista de Schindler: a verdadeira história, de Mietek Pemper
Mietek Pemper não é apenas um sobrevivente dos horrores dos campos de concentração nazistas, ele também participou da operação de Oskar Schindler para enganar o Serviço de Segurança (SS) de Hitler e salvar mais de 1.200 judeus poloneses.
Em seu livro, “A lista de Schindler”, Pemper descreve suas memórias e traz várias reflexões sobre o conflito sem nenhum sentimento de vingança ou autopromoção, apesar de ter perdido quase 70 familiares.
Este livro gerou tanta comoção que foi adaptado para o cinema em uma aclamada versão no ano de 1993.
17. Os homens que salvavam livros, de David E. Fishman
“Os homens que salvaram livros” conta a história de um grupo de eruditos e poetas que moravam no gueto de Vilna, na Lituânia. Eles se arriscaram duas vezes para resgatar milhares de manuscritos e livros raros da cultura judaica, o que incluiu enfrentar os alemães e os soviéticos.
Embora essa seja uma história pouco conhecida sobre a Segunda Guerra Mundial, esses heróis merecem a nossa atenção!
18. Berlim 1945: a queda, de Antony Beevor
O livro de Antony Beevor, “Berlim 1945: a queda” reúne novos documentos encontrados nos arquivos da União Soviética. Dessa forma, o historiador britânico restaura as experiências de milhões de pessoas e sua luta pela sobrevivência e a realidade dos soldados.
Além disso, o livro mostra como a União Soviética se vingou na Alemanha, tomou a sua capital e colocou um fim à Segunda Guerra Mundial na Europa.
19. Salvando a Mona Lisa, de Gerri Chanel
Quando uma das maiores batalhas da história ameaçava eclodir na Europa, os curadores do Louvre enviaram o quadro mais famoso do mundo para Vale do Loire, aproximadamente 200 km ao sul de Paris.
Em seguida, começou a maior retirada de artes e antiguidades da história para proteger a herança artística da França.
No livro, “Salvando a Mona Lisa”, é possível conhecer os detalhes dessa fascinante batalha em meio ao holocausto.
20. Eu, Miep, escondi a família de Anne Frank, de Miep Gies e Alison Leslie Gold
Meip Gies, além de sofrer na infância como refugiada da Primeira Guerra Mundial, ajudou a esconder judeus dos nazistas durante o holocausto.
Assim como a maioria dos heróis desconhecidos da Segunda Guerra Mundial, Miep corria risco de morte todos os dias para levar comida, notícias e dar apoio emocional para as vítimas.
Além disso, foi graças a Miep Gies que o livro “Diário de Anne Frank” pode ser publicado.